O relevo terrestre compreende toda a superfície do planeta Terra, ou seja, a expressão de modelagem de todo o território do globo. Sua formação é responsável por marcar a história geológica de toda a extensão mundial e mesmo com tantas informações, ainda passa por constantes transformações a todo momento.
A formação das paisagens naturais é explicada através dos relevos, pelas suas diferenças de altitudes, desníveis e fisionomia de seus elementos. Pesquisas geográficas revelam que existem dois principais agentes que interferem nessa conceituação, sendo um de origem interna (endógenos) e o outro externa (exógenas).
Observação: É importante ressaltar que além dos agentes de relevo, os seres humanos e suas atividades também são responsáveis pelas alterações e transformações da superfície da Terra.
Para que haja uma melhor compreensão dos relevos terrestres, geógrafos subdividiram essa estrutura em particularidades de estudos de acordo com suas características básicas, sendo elas:
Depressões
Correspondem as regiões geográficas que possuem as menores altitudes, ficando normalmente abaixo do nível do mar ou da área em que a circunda. Geralmente, sua superfície tem uma modelagem côncava ou plana, sendo caracterizada pela predominância do acúmulo de sedimentos após terem passado por um período de erosão.
Sua complexidade se distingue em dois tipos:
- Depressões absolutas: são aquelas que se localizam abaixo do nível do mar;
- Depressões relativas: são aquelas que são mais baixas que as regiões ao seu redor.
Os vulcões desativados são bons exemplos de depressões. Um fator considerado normal nessas áreas são as formações de lagos.
Montanhas
Se tratam dos relevos com acentuadas elevações, com intensas declividades e grandes altitudes (sendo todas elas superiores a das regiões vizinhas). Se originam do encontro entre as placas tectônicas que acontece na crosta terrestre, tendo elas origens geológicas ou vulcânicas. O seu conjunto aglomerativo é denominado como cordilheiras ou cadeias montanhosas.
Tipos de montanhas:
- Dobradas: formadas pelo tectonismo, ou seja, pela constituição dos dobramentos terrestres;
- Erodidas: formadas pela erosão de suas áreas de entorno através do desgaste da superfície;
- Falhadas: formadas pelos falhamentos dos blocos rochosos;
- Vulcânicas: formadas pela composição e ação dos vulcões.
Exemplos: Pico da Neblina (Brasil) e Monte Everest (China).
Planaltos ou platôs
Se tratam de regiões com altitudes diversificadas, porém limitadas, devido um dos seus lados possuir uma superfície consideravelmente rebaixada. Seus cumes costumam ser nivelados, tendo sua formação originada pelas erosões, podendo elas terem sido propiciadas pela ação do vento ou da água. Esse tipo de relevo é rico em ondulações e serras, se manifestando com frequência em chapadas, como o Planalto Central, que se estende por cindo estados brasileiros, sendo eles o Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais e Tocantins.
Tipos de planaltos:
- Basálticos ou Cristalinos: formados por rochas magmáticas intrusivas e metamórficas;
- Sedimentares: formados por rochas do tipo sedimentar;
- Vulcânicos: formados por rochas vulcânicas.
Planícies
Compreende as regiões com pouca ou nenhuma variação de altitude, tendo geralmente uma superfície plana. São localizadas (na maioria dos casos) em áreas que possuem baixas altitudes, sendo formadas por rochas sedimentares, isso porque o acúmulo de sedimentos se faz constante nesses locais.
Esse relevo é classificado como o mais propício para as ocupações humanas, por causa das suas características. Geógrafos revelam que em torno das planícies é fácil observar a formação de cursos d’água, que normalmente provocam alagamentos nos períodos de cheia (planícies de inundação).
Tipos de planícies:
- Fluviais: aquelas que se encontram próximas a leito de rios;
- Litorâneas: aquelas que se encontram próximas a áreas litorâneas.