A Irlanda considerada oficialmente como República da Irlanda, é um Estado soberano da Europa que foi fundado em 1922 como o Estado Livre Irlandês, antes tido como domínio dentro do Império Britânico. Durante esse processo de transição houve vários eventos de reivindicação representados por guerras civis em que as partes defendiam suas ideias e principalmente a independência da Irlanda. Atualmente a região possui em média cerca de 4,47 milhões de habitantes, sua capital é a cidade de Dublin.
Longe das lutas políticas, está um dos fatos marcantes da história da Irlanda – os conflitos fomentados pelo fundamentalismo religioso, que por muito tempo pode demonstrar claramente a enorme rivalidade entre católicos e protestantes, porém, com maior evidência no século 17. De um lado estão os protestantes, identificados como unionistas que desejavam infundir os interesses do domínio britânico.
Já em contraposição estão os católicos, minoria nacionalista, que mantém sua identidade nacional à resistência religiosa. A maior luta era requirir o fim da dominação inglesa. Por causa da diferença de interesses foram criados grupos distintos que representavam cada
uma das religiões – o Exército Republicano Irlandês (IRA), como organização católica e a Força de Voluntários do Ulster, dos protestantes.
No início do século 20, com a intensa luta de um movimento nacionalista para o fim da dominação política e imposição religiosa britânicos sobre a ilha, surgiu o Estado Livre da Irlanda, porém, a Irlanda do Norte continuara sendo parte do Reino Unido. Como a religião protestante não era propriamente nativa da Irlanda, aumentou ainda mais a insatisfação dos patriotas que são católicos.
A partir do fim dos anos 60 que a inimizade se agravou enormemente. Quando houve a ocupação do governo britânico em 1969, automaticamente foi dissolvido o Parlamento de Belfast, tendo em mãos a administração de todas as funções políticas econômicas. No entanto, em janeiro de 1972, um dia de domingo, vários católicos faziam parte de uma manifestação na cidade de Derry foram alvejados por soldados britânicos que acabou resultando na morte de 14 jovens.
Esse episódio ficou conhecido como Domingo Sangrento (Bloody Sunday) e até o dias atuais é relembrado. Coma chegada dos anos 90, os conflitos foram reduzidos gradualmente, mas ainda continuou surgindo indícios de mortes, até o ano 2000 foram listados aproximadamente mais de 3.600 vítimas.
O Acordo de paz da Sexta-Feira Santa, assinado em abril de 1998 tinha como objetivo principal, acabar com o terrorismo e todos os atos sectários. Mas ainda podia identificar resquícios de insatisfação de ambas as partes. Como forma de abolir a violência e manter as duas vertentes em um convívio social pacífico, foi criada uma Assembleia em 2007 em que a população juntamente com membros das duas comunidades rivais, se comprometeram a decidir as divergências através da política, portanto, sendo elegidos representantes das duas religiões para governarem juntos a Irlanda deixando de lado as rivalidades religiosas.